Lembrava-se de um enterro, sábado de chuva fina e lama nos sapatos. Para além da difusa lembrança o que conseguia distinguir era uma espécie de tédio, uma ausência de sentido, um rastro de dor pesada. Quem morreu? Movia-se a cortina levemente, a janela estava entreaberta, e o chilreado dos passarinhos era mais forte do que de costume. Acordara, sim, a vida continua, meu Deus! Na boca dissolvia-se a língua em grossa saliva, os pensamentos em leveza de avestruz. Tinham lhe dado algum remédio.
enigmático... lembra-me a esfinge...
ResponderExcluirabç
Uma lembrança triste tornada bela através das suas palavras.
ResponderExcluirÉ incrível como há lembrança dos que morrem e há lembranças que nunca se vão.
ResponderExcluirum beijo